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por Georges Tarbouriech

Sobre o autor:

O George é um utilizador de há longa data do Unix. Estando um pouco farto dos browsers enormes, está mais interessado nos mais pequenos.


Conteúdo:

 

Cantando na web

[illustration]

Abstrato:

Num artigo anterior, disse que o browser Opera não tinha me convencido ainda. A nova versão 5.0 para Linux, sendo um melhoramento, alterou o meu pensamento. Eis aqui uma pequena revisão do browser mais leve para Linux. Pode obter uma cópia livre do Opera 5.0 a partir de http://www.opera.com



 

A selva dos web browsers

Já lá vão quase 10 anos que o primeiro web browser gráfico distribuído apareceu: foi chamado de Mosaic. Foi uma revolução, sorte a sua, visto que era um novo modo de navegar na web. Foi um grito razoável em comparação ao utilitários utilizados naquela altura para nos ligarmos às BBSes. Este software era pequeno em tamanho e contudo era capaz de apresentar gráficos a cor, texto a cor... Um pouco mais tarde apareceu o seu "filho", chamado Netscape. Claro que já era um pouco maior em tamanho. Este último tornou-se uma referência para a navegação na web em muitos sistemas Unix. Seguiu-se a versão do Windows, o que deu à M$ a "ideia" de criar o seu próprio browser. Foi o nascimento do único e solitário Internet Explorer. Isto foi quando começou a guerra entre a Netscape e o IE. Ao mesmo tempo, programadores estavam a desenvolver browsers gráficos para outros sistemas como o SO Amiga, NextStep (de facto o primeiro a correr sobre o NextStep foi chamado de WorldWideWeb), e mais tarde o BeOS. O seu sucesso foi a apresentação de web browsers pequenos em tamanho e ainda tão bons quanto os mais pesados. Mencionemos alguns deles: AWeb, IBrowse, Voyager para SO Amiga , OmniWeb para NeXTstep e NetPositive para BeOS. Existe ainda um outro bom web browser chamado Voyager fornecido com QNX 4 RTOS. Claro que não os podemos listar a todos.
Se quiser saber toda a história acerca de web browsers dê uma olhadela em http://www.w3.org/History.html.
Entretanto, os CPUs foram ficando mais poderosos providenciando mais recursos. A quantidade de RAM nos computadores também cresceu bem como a capacidade dos discos rígidos. Isto foi definitivamente, o inicio das "fábricas" que nós conhecemos hoje mesmo que as chamemos de web browsers. Não falaremos ao que aconteceu entre a guerra entre a Netscape e o IE. O assunto hoje é: um web browser com cerca de 15 MB de tamanho, sem ter em conta as bibliotecas, os plugins... Que são - monstros! E quais são as alternativas ? Bem, poucas, visto que a maioria assenta nas bibliotecas do Netscape (ou Mozilla). O que significa que nem que o browser seja pequeno ele precisa na mesma daquelas bibliotecas tornando-se grande como os "modelos". Quer isto dizer que estes browsers são melhores que os mais pequenos ? Isto é só uma matéria de opinião. Mas muitas pessoas ainda usam "pequenas" configurações de computador, e abrir tais utilitários com um CPU a 200 Mhz e 32 MB de RAM não é lá muito engraçado. Isto é onde a alternativa do Opera para Linux aparece,

 

Obtendo o Opera

O Opera é de uma companhia Escandinava sediada na Normandia. Estas pessoas Escandinavas são frequentemente inovadoras e temos a obrigação de lhes pagar o bom software. Mencionemos por exemplo ssh, (the commercial version) da Finlândia, ou um dos melhores software de sempre, Scala, um utilitário multimedia nascido na Normandia por volta de 1987. Este último permitiu à plataforma Amiga fazer apresentações verdadeiramente multimedia inacreditáveis ou apresentações simpáticas anos antes de outros sistemas operativos. Isto tinha de ser dito!
Indo até http://www.opera.com, você pode fazer download da última versão 5.0 deste web browser para Linux. Pode obtê-lo como rpm ou um pacote da debian ou como um arquivo tar.gz. Como assenta no Qt, pode escolher os binários estaticamente ou dinamicamente lincados. Se seleccionar a última opção, você precisa de ter Qt 2.2.4 instalado na sua máquina. Não falaremos do Opera visto que parece óbvio.
O Opera é um produto comercial. Uma das grandes diferenças com as versões anteriores é que pode obter o Opera à borla. Já não existe o período de 30 dias à experiência. O senão é que estão constantemente a correr anúncios no topo do seu browser. Se isto o incomoda pode registar-se por 39$.
Só para informação, o Opera também se encontra disponível para a plataforma Windows, BeOS, Mac e EPOC. Uma versão para OS2 está a ser desenvolvida. À cerca do Linux, as versões disponíveis são para i386, SPARC ou PPC.
Obviamente, concentrar-nos-emos na versão para Linux. Além disso, não testámos a versão para BeOS ou Windows.

 

Usando o Opera

Como qualquer browser gráfico, o Opera é bastante fácil de usar. Não precisa de muito tempo para se habituar a ele. As preferências são bastante "ricas" e existem muitas com as quais muito pode fazer.

[Preferências]
Janela de Preferências no opera 5.0
São tão ricas, que pode levar um pouco de tempo antes de obter o que deseja. Administração de Fontes, por exemplo, é um pouco "pesado", mas é só a minha opinião.

Falando acerca das especificações, o Opera oferece história "a cair para baixo". Que é uma pequena seta que aparece junto dos botões anterior e seguinte: clicando nesta pequena seta é apresentada uma lista de páginas já visitadas durante a sessão. Isto ficou disponível no Netscape por enquanto... mas com as pequenas setas no topo:-) Claro que isto não significa que não possa ver os outros tipos de história mais alguma vez. Pode alcançar ainda as páginas visitadas anteriormente a partir da história do URL ou dos itens do menu de história. Nada mal pensado!

Uma muito boa especificação é a possibilidade de alternar o carregamento das imagens para on ou off em qualquer momento, através de um botão colocado directamente, convenientemente na barra de progressão mesmo onde insere o URL. O Netscape tem algo semelhante mas tem que ir até um menu "profundo" sub-nívelado "Preferences". Oposto ao Netscape o atraso devido ao carregamento das imagens trabalha todo o tempo. Esta característica permite rápida navegação web: Você vai clicando nas páginas até atingir a página que pretende ver, ligando depois as imagens. A navegação é muito mais rápida deste modo, pois não tem de esperar por todas as imagens de todas as páginas.

[Encontrando marcas]
Encontrar as bookmarks
A função para encontrar bookmarks é também uma boa ideia. Pode procurar nas suas bookmarks com uma expressão tipo joker.

Uma outra boa característica diz respeito à validação HTML. O Clique no o botão direito sobre um documento HTML leva-o ao World Wide Web Consorcio. O serviço de validação diz-lhe então, se o código HTML é ou não válido. Este é um modo muito útil para verificar o seu código ao construir um site. Podia ser o fim de muitos outros numerosos sites não disponíveis... logo que outros editores de browsers forneçam esta característica!!!

Isto merece mais alguma explicação, mesmo que pareça um pouco fora de tópico. Mais e mais sites são construídos com software proprietário e então não compilado segundo as recomendações w3c. Ainda pior, cada browser comporta-se de maneira diferente. Como resultado, dependendo do browser que utilizar, é capaz de ver ou não um site! Estúpido, não é ?

Assim, por favor, "profissionais" da Internet, parem de utilizar software proprietário para construir os vossos sites. Parem de utilizar Java para tudo, especialmente quando não precisam dele. Parem de utilizar aqueles pedaços de s...oftware para escrever o vosso código HTML: já não é mais HTML !!! Pode remover 50% do que foi gerado "automaticamente". (Eu não dou nenhum nome mas creio que pode advinhar do que estou a falar...) Esta é a primeira parte do problema.

A segunda parte provém dos browsers em si. Por exemplo, porque é que o Netscape 6.0 para Linux compreende o código de maneira diferente das outras versões do Netscape? E, além disso, isto não tem nada haver com as outras versões do Netscape, visto que pode ter o mesmo problema com tantos outros browsers. Não falemos do Explorer. O que dizer aqui: algum código HTML trabalhará no Netscape 6.0 mas não trabalhará noutros browsers: o que obtém nada tem haver cm aquilo que esperava!
Um outro problema conhecido do Netscape 6.0 para Linux vem do seu comportamento num servidor Apache http local sem o DNS activo: demora muito tempo a encontrar o servidor. Não congela, como o seu irmão mais velho podia, fica somente pendurado. Com o Opera, eu nunca encontrei tal situação de "congelamento". Também nunca tive de esperar que ele encontrasse o servidor http.

De facto, existem imensos sistemas operativos e imensos browsers. O que quer dizer que nem toda a gente utiliza o Netscape ou o Explorer. Se houvesse um Consorcio deveria ser por algumas boas razões. Se muitos editores não respeitam as recomendações w3c, muito em breve, não seremos capazes de nos conectarmos a muitos dos sites. É isto feito intencionalmente ou não? Bem, a resposta é consigo...
Eu sei que já escrevi tal coisa, mas é para insistir um pouco mais. Aqui na LinuxFocus fazemos muitos testes para verificar que todo os browsers nos podem alcançar. Toda a gente devia fazer o mesmo. Bem, isto é só a minha opinião.
Desculpem a digressão: Eu sei que é habitual nos meus artigos: é só para ver se estão aocordados e a seguir:-)

Voltemos de novo ao Opera.
O Opera 5.0 para Linux pode alcançar sites inalcançaveis pelo Netscape 4.77 para Linux (por exemplo). Surpreendente, não é? De qualquer modo, bem visto.

Por outro lado, pode ter problemas com as scripts CGI, por exemplo. onde o Netscape e muitos outros trabalham bem. Isto mostra duas coisas: cada browser reage à sua maneira. Para separar as várias parte de codificação dos dados das forms o Netscape e o MS IE utilizam algo do género:
-----------------------------2564311134412
Com algum número aleatório. Uma sript CGI escrita para esperar tais dados falhará com o Opera porque o Opera não utiliza a sintaxe exacta já em uso noutros browser. Em vez disso utiliza os seus próprios separadores:
--_OPERAB__-tRjeTHZvhMcr8tfsjpfOeE
Provavelmente isto está conforme o padrão, contudo diversidade desnecessária, certamente que torna as coisas mais complicadas. Opera não adiciona nada de novo aqui. Só é diferente. Podíamos dizer, que o problema vem uma script mal escrita, mas nem sempre é verdade. O Opera, também não é capaz de enviar várias partes grandes dos dados dos forms. Isto parece mesmo um bug real. Pára no meio da transferência dos dados e o utilizador espera eternamente até que a página se complete.
Um outro ponto: o mesmo browser comporta-se de maneira diferente consoante o SO onde corre. Tudo isto é óbvio, mas muitos parecem esquecer-se.
O Opera tem uma opção para se identificar como sendo IE ou Mozilla, mas isto não resolve o problema acima descrito.
Para ser um pouco mais "técnico", o Opera obedece ao HTML 4.01, XML 1.0e XHTML 1.0. Também suporta CSS (Cascading Style Sheet) nível 1 e 2. Nada mau! Infelizmente, não é suficiente. O Opera não tem culpa nesta matéria visto que isto é verdade para outros browsers e eles também têm problemas.
A apresentação no Opera comporta-se um pouco como o OmniWeb para o MacOS X (para os que conhecem). Leva algum tempo para uma apresentação perfeita: ele tem de ajustar depois de carregar como qualquer browsers mas parece um pouco mais lento que outros, pelo menos em pequenas configurações. Por outro lado, é geralmente rápido. Eu não diria o mais rápido web browser (Não estou a trabalhar para o Opera), mas um dos mais rápidos.
Como é que o Opera se parece ? Aqui está:
[Janela principal do opera]


Como pode ver, nada especial, mas pode alterar imensas coisas que dizem respeito à aparência. Por exemplo, pode ter uma "hotlist" no lado esquerdo das suas mãos. Pode escolher para apresentar um barra de janela, um barra de bookmark... É bastante "personalizável".

Além disto, verificando os logs num servidor http local, pode reparar que o Opera abre múltiplas ligações ao mesmo tempo, como o que podia obter utilizando várias instâncias de um qualquer browser. Isto também pode explicar o tempo de ajustamento em cima mencionado: que é, o Opera carrega tudo ao mesmo tempo e depois "melhora" a apresentação. Obrigado Floris por me dizeres isto.
Mesmo se é um pouco subjectivo, o Opera parece rápido a consultar base de dados. Isto é só uma impressão visto que eu nunca verifiquei o tempo de resposta. De novo, isto pode verificar-se em pequenas configurações. Utilizando máquinas rápidas torna as coisas menos óbvias.
O Opera providencia-lhe um lista grande de "bookmarks" também. pode fazer o que quiser com ela. Eu tenho como primeiro trabalho remover alguns "bookmarks" fornecidos... mas sou uma pessoa estranha!
Há ainda uma outra coisa positiva: a ajuda online. Está francamente completa e bem organizada... e não os leva para o site deles.
Digamos algumas palavras acerca do menu. Algumas características simpáticas também estão aqui: por exemplo pode obter uma a mostra da impressão (print preview) Pode recarregar uma página todos os x minutos: seleccione a opção do menu e defina o tempo antes de recarregar.
O Opera está cheio destes pequenos melhoramentos. É muitas vezes, simples e muito útil.
Uma outra especificação simpática diz respeito à janela de transferência. Quando faz o download de um ficheiro, ao clicar no botão de acção (icon do ficheiro) apresenta um menu de contexto com muitas opções. Pode resumir a transferência, cancelá-la... De novo, é muito útil.
Existe muito que podíamos dizer acerca do Opera mas isto tornaria este artigo demasiado longo. O melhor modo de o descobrir é testando-o!

 

Futuro

A abordagem do Opera é algo interessante, pois prova que você pode navegar na web com utilitários pequenos. Não precisa de cerca de 40 MB de bibliotecas, executáveis... Isto é o primeiro ponto. Muito poucos vendedores entendem isto. Além disso, isto é verdade para a maioria do software e não somente para os web browsers.
Contudo, é suficiente alterar as coisas num futuro próximo?
Não gosto muito da futurologia, mas por quanto tempo utilizaremos os web browsers, do modo que hoje os utilizamos ?
Por Exemplo, veja o que a Rebol está a fazer. Se não conhece este excelente "linha de produtos" pode dar uma espreitadela aqui. Mas desde que este artigo foi escrito, a Rebol evolui em direcção a aplicações distribuídas ligeiras. Não é este a próxima maneira de utilizar a Internet? a Rebol já provou que não precisamos dos browsers para nada e que a computação distribuída podia ser o próximo passo.
Isto não quer dizer que os web browsers vão desaparecer amanhã, mas acredito que deviam ser postos em dieta...
Assim podemos pensar que o Opera está no bom caminho. O Opera fez um acordo com a Symbian para os dispositivos de Internet móvel, por exemplo. O que quer dizer que ao ser pequeno pode ser usado em coisas diferentes...

 

O Fim

Ninguém é perfeito... nem o Opera. Contudo a aproximação é no mínimo interessante. Quer goste ou não depende do que procura. Quando alguém usa algo que não gosta muda. Não obstante, devia experimentar o Opera. Sobre a interface gráfica do Linux os browsers são assim tão numerosos (ou mais exactamente, todos provêm da mesma fonte). Agora pode ter um realmente diferente, dê-lhe uma tentativa.
Ainda mais que as pessoas no Opera mostraram-nos que podem rapidamente melhorar o seu produto. Podemos até esperar um melhor browsers num futuro próximo.
Então, se como eu, se está farto de fábricas más para navegar na web, vá até http://www.opera.com e faça download da versão 5.0 deste web browser.
você não pensa que estamos a viver num tempo maravilhoso ?

 

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